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Nelson nos apresentou seus personagens, muitas vezes, no limite da "loucura", cujo abandono de uma habitual máscara social podia repentinamente dar lugar à uma "sinceridade insana", conforme eram testados pelas circunstâncias. Retratou a vida como ela era, despertando a ira dos (segundo ele) mais pervertidos, que se viam nus e desprotegidos ante milhões de olhos do mundo. Em suas palavras:
"... os realmente virtuosos, gente honesta pra burro, esses é que gostavam das minhas peças. Falavam comigo, adoravam o texto... Mas as depravadas tinham um santo horror. Isso aprendi com o meu teatro."
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